quarta-feira, 29 de maio de 2013

Estudo em como ajudar os órfãos e viúvas? Dia 29-05-2013. Quarta-feira.

 “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações,...” Tg 1.27a
Introdução: Jesus Cristo o cabeça da igreja ordena explicitamente em sua palavra que os seus servos, ou seja, os seus membros em particular executem o trabalho de cuidar dos órfãos como visto no texto acima.
Mas quem são os órfãos?
Segundo o dicionário o órfão é: 
Quem perdeu o pai, ou a mãe, ou ambos.
Quem perdeu quem lhe era querido.
Quem foi abandonado, desamparado.
Se essa é uma ordem explicita de Jesus em sua palavra então porque pouquíssimas igrejas estão realizando essa obra? 
Avaliando o comportamento humano nós entendemos que essa obra vem sendo negligenciada por essas razões:
a – Indiferença.  
Insensibilidade, desinteresse e apatia. 
b – Egoísmo.  
Amor exagerado ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios. 
Ou seja, boa parte dos cristãos estão insensíveis (indiferentes) com a situação que se encontram os órfãos por se preocuparem somente consigo mesmos.
Como vencer então a indiferença e o egoísmo que nos impedem de realizar obra tão nobre e sublime para Jesus? 
A melhor maneira de vencermos o egoísmo e a indiferença é pedirmos a Jesus que coloque em nosso coração a compaixão que ele sente pelos desamparados.
Veja:
“E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.” Mt 9:36
O texto diz que Jesus teve grande compaixão das multidões.
Mas o que significa compaixão?
A palavra compaixão no texto original é splanchnizomai e significa: Tristeza que alguém sente pelo sofrimento do próximo, juntamente com o desejo de ajudá-lo. 
Ou seja, para ajudarmos os desamparados precisamos nos colocar no lugar deles para que através do Espírito Santo possamos entender o que eles sentem. 
Veja: 
“Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo.” Hb.13.3 
Será que temos nos lembrado das crianças desamparadas como se fôssemos nós mesmos desamparados?
Como eles se encontram hoje?
Desabrigadas, sem alimento, sem roupas, doentes, sem afeto, sem esperança. 
O que você gostaria que fosse feito caso passasse por uma situação dessas?
Com certeza você desejaria ser ajudado.
Sendo assim a mesma coisa que você gostaria que fizessem contigo faça com os órfãos também.
Fazer isso é cumprir o segundo maior mandamento:
“... Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mt 22.39b     
Vamos agora estudar os cuidados que Deus deseja dispensar aos órfãos através dos cristãos, ou seja, de sua igreja:
1 – Que auxilie os órfãos.
 “... tu és o auxílio do órfão.” Sl 10.14c
A palavra auxílio significa: ajuda, assistência, amparo, socorro. 
É nossa missão auxiliar os órfãos prestando assistência e amparo no que for necessário para sua sobrevivência.
2 – Que sustente os órfãos.
“O Senhor ... sustém o órfão...” Sl 146.9b   
A palavra sustém vem de suster que significa: segurar para que não caia, sustentar, alimentar.
Imagina uma coluna forte, é exatamente isso que Deus deseja que sejamos para os órfãos, pois eles se encontram fracos e sozinhos e precisam de pessoas que possam servir de sustentáculos para apoiá-los em suas grandes dificuldades.
3 – Que faça justiça à causa do órfão.
“Que faz justiça ao órfão...” Dt 10:18a
A palavra justiça significa: virtude de dar a cada um aquilo é seu, faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência.  
O estatuto da criança e do adolescente descreve de uma forma clara o tratamento que uma criança e adolescente deve receber.
Vamos ver alguns deles:
Capítulo I
Do Direito à Vida e à Saúde
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
Capítulo II
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Capítulo III
Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
Capítulo IV
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
Capítulo V
Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
4 – Que cuide dos órfãos como se fossem seus filhos. 
“Pai de órfãos... é Deus...” Sl 68.5a  
A palavra pai significa: homem que tem um ou mais filhos, genitor, protetor, benfeitor. 
Lembre-se Deus é o cabeça da igreja e nós os seus membros em particular, Ele manda e nós executamos sem questionamentos se é que estamos ligados a Ele.
Ele age através de nós (igreja) cumprindo os seus propósitos.
Sendo assim como Deus pode demonstrar sua paternidade espiritual aos órfãos?
Através de nossas ações que demonstram o cuidado de Deus por eles.
É Por isso que devemos olhar para as crianças desamparadas como se fossem nossos filhos, pois o que um bom pai faz pelos seus filhos é exatamente o que Deus como Pai deseja fazer aos órfãos através de nós.
Olhando através desse prisma bíblico repousa sobre nós a responsabilidade de fazer o possível para ajudar os órfãos nas seguintes áreas:
Amor, abrigo, alimentação, vestuário, aconselhamento e etc...
Em suma agir como se fossemos pai deles.
Conclusão:
Eu quero concluir esse estudo falando de dois pontos:
1 – Da justificativa bíblica sobre a necessidade de se abrigar como também de sustentar particularmente ou coletivamente crianças desamparadas.
E onde encontramos base bíblica que justifique abrigarmos particularmente ou coletivamente crianças desamparadas?
Veja:
“Porventura não é este o jejum que escolhi,... que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?” Is 58.6a,7b
O Senhor está dizendo que a verdadeira consagração a Ele consiste em:
1 – Abrigar os abandonados.
“...e recolhas em casa os pobres abandonados;...” Is 58.7b 
2 – Repartir do seu alimento com os famintos.
“Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto... Is 58.7a 
3 – Vestir o que não tem roupa.    
“...e, quando vires o nu, o cubras...” Is 58.7c
4 – Não se esconder do seu próximo para ajudá-lo.
...e não te escondas da tua carne. Is 58.7d
Ou seja, Deus está falando claramente em sua palavra que aqueles que de fato se consagram a Ele e à sua causa não somente abrigam como também sustentam àqueles que são necessitados.
Essa atividade, porém pode ser realizada de duas maneiras:
a – Particularmente.
Um cristão por iniciativa própria tendo orientação do Espírito Santo pode recolher em sua casa uma criança desamparada e ajudá-la.
Já no caso de crianças maiores o recomendável é acolhê-las em um ambienta à parte da casa principal da família.
Obs. Esse tipo de obra requer orientação de Deus, preparo espiritual, emocional, psicológico e principalmente amor, pois tendo ele todas as coisas são supridas.     
No entanto nem todo mundo está preparado para realizar tal obra dado uma série de fatores que nos faltaria tempo para descrevê-los.
Nesse caso então é recomendável agir da segunda maneira que eu passo agora:
b – Coletivamente.
Crianças desamparadas podem ser abrigadas e sustentadas através do trabalho coletivo de cristãos que se prontificam em montar uma estrutura para atender todas as necessidades das mesmas.
O orfanato que George Muller fundou com um grupo de irmãos na Inglaterra é um exemplo vivo desse tipo de trabalho que estamos abordando.

Veja um pouco da história desse trabalho:
Em 1835 Müller sentiu o chamamento de Deus para abrir um orfanato totalmente pela fé, pois não tinha recursos financeiros para isto. Em 1836, Müller abriu a primeira casa, quando ainda não tinha 30 anos de idade. A comida para os órfãos chegava muitas vezes minutos antes da hora de ser servida, embora as crianças nunca soubessem disso. Mais e mais crianças suplicavam a Müller para recebê-las e ele alugava mais casas. Mas essas logo abarrotavam, por isso, em oração e conversa com os cristãos de Bristol, ele decidiu construir um grande e moderno edifício para os órfãos. Este projeto começou em 1845, exatamente quando a tempestade da divisão entre os Irmãos estava se formando em Plymouth. Em 1848, mesmo enquanto Darby estava atacando Müller, o primeiro dos imensos orfanatos estava quase completo. E enquanto a carta de Darby excomungando toda assembléia de Bethesda estava circulando pela Inglaterra e ao redor do mundo, o telhado foi estendido. Enquanto a divisão progredia e os antigos amigos se voltavam contra ele, Müller continuava esperando em Deus por fundos e provisões.
Em 1870, depois de profundas e repetidas provas de fé, a última das cinco magníficas casas de pedra, para 2.000 órfãos, foi levantada exatamente fora de Bristol, em Ashley Down.  Müller maravilhou-se com o que Deus tinha feito naqueles 34 anos, em resposta à fé e à oração, providenciando comida e roupas para muitos milhares de órfãos. 
As garotas órfãs eram treinadas como empregadas e costureiras, enquanto os rapazes aprendiam vários ofícios. A cada órfão era assegurado um emprego antes de deixar as casas, ou Müller pagava o salário de aprendiz deles ao patrão que os ensinaria uma profissão. Cada órfão saía com um jogo completo de roupas. 
Um homem que vivia próximo dos orfanatos disse que "sempre que ele sentia dúvidas sobre o Deus Vivo, vindo a sua mente, ele se levantava e olhava através da noite para as muitas janelas acesas em Ashley Down, brilhando na escuridão como estrelas no céu". Havia um imposto sobre janelas grandes quando Müller construiu os orfanatos, mas ele disse: "nós confiaremos em Deus para o dinheiro do imposto – deixem as crianças ter luz e ar!"
Pessoas por todo o oeste da Inglaterra e ao redor do mundo ficavam sabendo sobre os orfanatos. Também reconheciam o poder e a provisão de Deus que, se tornavam acessíveis em resposta às orações fiéis de Müller e seus amigos.
São muitas as histórias marcantes de respostas à oração. Uma delas sucedeu quando ao levantarem pela manhã, não haver nenhum pedaço de pão para as crianças, Müller ordenou que mesmo assim as crianças dessem graças a Deus pelo alimento e ficassem esperando. Minutos depois um carroceiro bateu à porta, dizendo que sua carroça havia quebrado ali na frente e se queriam ficar com o carregamento de pães que estava levando para outros lugares. Assim as crianças e os demais irmãos glorificaram o Senhor por mais um de seus extraordinários feitos.
Numa certa ocasião uma irmã informou: É preciso lembrar-lhe que já venceu o prazo para o pagamento do aluguel do orfanato? 
O Senhor proverá - disse George Muller animadamente. Ele prometeu suprir todas as nossas necessidades. Não vai falhar agora. Naquele momento, ele tinha apenas 27 centavos para alimentar várias centenas de crianças do orfanato.
Então chegou uma carta. George abriu-a e leu o seguinte: Porventura estariam vocês com alguma necessidade urgente de dinheiro? Sei que decidiram pedir somente a Deus que lhes suprisse as necessidades. Mas haveria algum problema em informar de quanto dinheiro estão precisando? George Muller balançou a cabeça e passou a escrever o seguinte bilhete: "Nada mencionarei sobre os nossos recursos. O principal objeto de meu trabalho é mostrar que Deus é real e que cumprirá Suas promessas. Até o momento não contamos a ninguém sobre nossas necessidades e não o faremos".
Tendo despachado a carta, George Muller caiu sobre os joelhos em seu escritório: "Senhor, estamos em situação desesperadora. Temos apenas 27 centavos. Por favor, dirijas este homem para que nos envie dinheiro".
Ao receber a carta de George Muller, referido homem, sentiu-se impressionado a enviar cem libras de uma só vez.
Quando o dinheiro chegou, não havia um único centavo na instituição de Muller para comprar alimento para a refeição seguinte. Certa vez um amigo perguntou a George: "O que você faria, caso Deus não enviasse ajuda no momento certo?" "Certamente isso jamais aconteceria" - respondeu George – "Deus prometeu suprir todas as nossas necessidades. Deus não mente. É completamente confiável".
George Muller cuidou de mais de 10.000 órfãos durantes os 63 anos em que decidiu confiar inteiramente em Deus para o atendimento das necessidades. Nem uma única vez deixou Deus de cumprir Sua promessa.
Vamos agora responder às desculpas mais utilizadas por cristãos egoístas que tentam se desviar de suas responsabilidades de ajudar aos necessitados:
1 – Na época que foram escritas as palavras na bíblia sobre acolher os necessitados não havia um governo estabelecido para cuidar desses assuntos.
Resposta: O governo tem conseguido atender a todos os necessitados? Você já viu em sua cidade crianças desamparadas precisando de ajuda?
2 – Deus não nos mandou fazer obra social, mas sim pregar a sua palavra.
Resposta: A exortação de Jesus em Mt 25.31-46 sobre o trabalho social que os cristãos devem executar foi somente para o período do início da igreja ou foi para todos os tempos? Segundo Tg. 2.15-17 a manifestação de uma fé verdadeira se dá através de palavras ou obras?
3 – Deus nos manda cuidar apenas dos domésticos na fé, ou seja, dos cristãos.
Resposta: O texto de Gl 6.10 nos manda fazer o bem apenas aos domésticos na fé ou nos manda fazer o bem a todos? “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.”
Deus mandava Israel cuidar dos necessitados somente do seu povo ou mandava também cuidar dos estrangeiros necessitados?
4 – Muitas pessoas estão na rua porque querem. Então quem sou eu para tirá-las de lá?
Resposta: É bom para alguém viver nas ruas? Não é nosso dever então de cristãos tentarmos tirá-las de lá através de aconselhamento fazendo assim o bem ao nosso semelhante? Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado. Tg 4:17  
5 – Muitas pessoas estão vivendo na rua oprimidas pelo diabo por terem se desviado da igreja.
Resposta: O que fez o pastor de Lc 15.3-7 ao saber que uma ovelha estava perdida?
O que fez a mulher de Lc 15. 8-10 ao notar que uma moeda estava perdida?
Qual lição aprendemos de Jesus nesses dois casos acima?
Enquanto muitos cristãos estão com os braços cruzados inventando desculpas para não ajudarem os necessitados os macumbeiros estão criando inúmeros orfanatos para catequizarem as crianças e os adolescentes nas doutrinas do diabo.
Vamos agora para a última parte da conclusão:
2 – Da recompensa que receberão de Deus os que se envolverem na obra de ajudarem os necessitados em geral e é claro incluindo também as crianças desamparadas.
Leia esse versículo:
Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará o seu benefício. Pv 19:17 
Observe que a bíblia diz que aquele que está ajudando ao pobre receberá do Senhor o seu benefício.
E que benefícios são esses?
Baseado em Is 58.8,10-12 vamos então aprender os benefícios que Deus prometeu conceder àqueles que se dedicarem em ajudar os necessitados em geral e é claro incluindo também as crianças desamparadas:
a – “Então romperá a tua luz como a alva,...” Is 58:8a
b – “... e a tua cura apressadamente brotará,...” Is 58:8b
c – “... e a tua justiça irá adiante de ti...” 58:8c
d – “... e a glória do SENHOR será a tua retaguarda...” Is 58:8d
e – “... Então clamarás, e o SENHOR te responderá;...” Is 58:8e
f – “... gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui.” Is 58:8f
g – “então a tua luz nascerá nas trevas,...” Is 58.10b
i – “... e a tua escuridão será como o meio-dia.” Is 58.10c
j – “E o SENHOR te guiará continuamente,...” Is 58.11a
l – “... e fartará a tua alma em lugares áridos,...” Is 58.11b
m – “... e fortificará os teus ossos;...” Is 58.11c
n – “... e serás como um jardim regado,...” Is 58.11d
o – “...e como um manancial, cujas águas nunca faltam...” Is 58.11e
p – “E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas;...” Is 58.12a
q – “... e levantarás os fundamentos de geração em geração;...” Is 58.12b 
r – “... e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.” Is 58.12c
Que o Espírito Santo nos use poderosamente para ajudar as crianças desamparadas com o mesmo amor e ousadia que usou Obadias para ajudar os 100 profetas do Senhor.
“Porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinqüenta em cinqüenta os escondeu numa cova, e os sustentou com pão e água.” 1 Re 18:4 
a – Livrando-as da destruição da diabo.
b – Abrigando-as em lugares seguros.
c – Alimentando-as fisicamente e espiritualmente.
É o que deseja seu irmão em Cristo e companheiro de batalha
Jesus te ama e tem na sua vida uma esperança!!!
Vladimir Vagner Cardoso da Cun

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bom este blog. Parabéns. A matéria e as matérias aqui tratadas são de alto conhecimento e com certeza estão ajudando milhares de pessoas. Obrigado.